Fui sempre camponesa, tinha machambas onde trabalhava com o meu marido e o que produzíamos servia para alimentar a nossa família.

Nem toda a família está comigo, outros não sei onde estão, cada um fugia como entendia, até agora não tenho notícias deles.

Estou aqui por causa da guerra. É a primeira vez que vivo este tipo de situação, uma guerra que leva até a expulsar pessoas da sua terra.

A vida não está boa aqui, não há trabalho que dê rendimento para alimentar as crianças, é difícil receber os produtos que são distribuídos ou o subsídio.

Seria milagre voltar para a minha terra, encontrar o resto da minha família viva e voltar a fazer os trabalhos que fazíamos antes. Dizem que os ataques diminuíram, que a tropa está a trabalhar, mas ainda é cedo para saber o que amanhã será.